domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sim, eu converso com o meu cérebro.

Pessoal, gostaria de ter continuado a narração da viagem no meio dessa semana. Mas cara, realmente, o calor do baralho que anda fazendo em PoA não deixa a gente pensar direito... E como hoje está super fresco, só 31°C, até estou mais animada para continuar.
Lá pelas 8h30min, o avião pousava no aeroporto de Guarulhos. Você, portoalegrense, que viveu a vida toda na sua cidade está precisando rever o seu conceito de grande. Já haviam me falado que o Cumbica era grande... Mas poxa, ninguém me avisou que ele era realmente muito grande! Depois que o avião finalmente pousou, ele ficou um tempo taxiando a pista, só para depois a gente entrar em um ônibus que nos levaria para o aeroporto. Assim que desembarquei, ainda fiquei um tempo refletindo sobre onde era a saída. Ainda bem que só levei bagagem de mão. Depois de um minuto, eu acho, consegui sair dali (yes!). E o problema de viajar de avião é que tudo acontece tão rápido, que o cérebro não se acostuma com a idéia de que não estamos mais na nossa cidade. Enquanto esperava minha amiga, fiquei tentando convencer meu cérebro de que eu não estava mais em PoA. Ok, cerébro, nós não estamos mais em PoA, estamos em Guarulhos nos dirigindo para SP, que é uma cidade bem maior do que a que você está acostumado a pensar. Então nada de pânico, haja com naturalidade, ok? Não sei quanto ao cérebro das outras pessoas, mas o meu é meio burro às vezes. E enquanto esperava a Jenny e conversava com meu cérebro, já fui reparando no sotaque do pessoal. É claro que todo mundo já viu um paulista com sotaque falar. Só que estar na "terra" deles, ouvindo eles falarem, é uma sensação diferente. Eles falavam diferente para mim, e eu falava diferente para eles. Quase um dialeto dentro da língua portuguesa.
Finalmente encontro com a Jenny e com o Elton! Que alegria abraçá-la pela primeira vez! E foi super fácil se achar lá, mesmo sem nunca nos termos visto e no meio de um monte de gente, pois eu estava com a minha mala rosa pink! Mala rosa fosforescente 1, malas pretas e regulares 0.
Fomos de ônibus até Sampa. Chegando lá, a primeira coisa que visitamos foi o Museu da Língua Portuguesa. Nossa, cara! Muito lindo! Muito divertido! Cheguei bem a tempo de ver um "cineminha" que eles apresentam por lá. É um vídeo falando sobre a origem da língua, e, logo depois, tem uma sessão com declamação de poesia. Ser recepcionada pela cidade de SP com poesia! Lindo²! E o museu todo é bacana, todo interativo. E o elevador toca Arnaldo Antunes. Momento eu não gostaria de trabalhar o dia todo operando o elevador do museu. Em seguida, fomos à Pinacoteca, que é bem na frente. Ainda bem que eu tinha um guia turístico artista plástico! Além de carregar minha mala, ele me expicava sobre a técnica de xilogravura. Chiquérrima eu, hein?!
À tarde, fomos passear pelo centro. Fui ao mercadão, que segundo o que a minha amiga explicou, era para ser um palácio de um príncipe árabe. Bem, por fora, bem que poderia ser um palácio. Mas só por fora mesmo. Por dentro ele é...bom, ele é o mercadão. E durante o passeio, nós três revezávamos a mala. E eu mantinha uma discução severa com o meu cérebro.
-Tá vendo...é uma cidade normal.
-Claro que não, cérebro; olha direito!
-Vendedores de rua, cds piratas, pombos...o que há de diferente?
-Tem que olhar nos detalhes. É claro que em PoA tem mercado público, camelôs, construções antigas, pombos. Mas repara bem: aqui é tudo enorme! Tanto que o mercado é mercadão. Os camelôs estão em centenas e ocupam uma rua toda. As pessoas se movimentam em um rítmo alucinante. Tudo o que a gente vende lá, vem daqui. Uma simples lojinha japonesa daqui tem tudo. Tudo! E em cada esquina toca uma música diferente. Até parece uma boate com diferentes ambientes. E a 25 de março no sábado? É igual a Voluntários num dia de semana. Imagina a 25 num dia de semana...deve ser o Planeta Atlântida! E agora, pensa em alguma coisa.
-Que coisa?
-Qualquer coisa, vai.
-Tá! Um picolé coreano quadrado sabor melão.
-Então! Aqui existe! Lá no sul não tem.
-Uma rua só com fantasias!
-Também tem!
-Humpf... Ah, mas aqui os pombos não são tão grandes como lá!
-Ai, cérebro...fica quieto e continua a controlar minhas funções vitais direitinho, tá?
Enfim, fomos à Sé. Uma praça onde os pastores evangélicos fazem suas pregações em frente a uma catedral. Não vale ir a Sé sem entrar na catedral. De estilo gótico, ela é bem alta, cheia de colunas e "arcos" pontiagudos. E por fora, umas estátuas batizadas pelos pombos. Fomos também ao ensaio do Maracatu, um prejeto que há em uma escola lá na Vila Madalena. Ou Sumaré? De qualquer forma, foi o primeiro momento de contato com uma SP mais tranqüila, sem agitação, sem carros. Muito diver o ensaio. Um pedacinho de Pernambuco!
Por fim, fomos para casa em São Bernardo. Parece que foi um passeio curto. Mas vai andar pelo centro de Sampa com uma mala de 3Kg e pouco para ver se é bom! Neste dia, não tirei nenhuma foto. Pois estava bem embasbacada com tudo. Preferi não tirar fotos e guardar tudo na memória. Já agora me acostumava com a idéia de estar em SP. Quase que nem acreditava...

Fim do dia 1.

Um comentário:

Jenny Souza disse...

ahh melona é muito booom !! :)
e aqui tem.
aqui tem, aqui tem tudo.:D

e um mundo por menos pombos e mais joaninhas :) hehehe