domingo, 19 de julho de 2009

Just keep swimming

Coisa boa chegar em casa morta de cansaço de tanto trabalhar, tomar um banho e se atirar na cama. Não que a sensação de cansaço seja agradável, mas é que descansar é um dos maiores deleites do final de semana. E adoro, depois de uma semana de labuta, retornar ao lar-doce-lar, tomar uma ducha quentinha e apreciar uma televisão, comendo uma porcaria gostasa, em baixo das cobertas. Na verdade, apreciar não é bem a palavra quando me refiro a televisão... Para quem possui um mínimo de intelecto e gosta de relaxar com um bom programa (de TV...) sábado à noite, não tem vez. A Tv aberta, nem preciso comentar. Quando não é o Big Brother, são suas variações, como a Fazenda e derivados. A novela das 8 é a mesma há 20 anos, e ninguém nunca se deu conta. Além de outros programas de humor que ofendem a minha capacidade de rir das coisas. Mas pelo menos é de "graça". Acho que me irrito mais com a Tv a cabo, que tem trocentos mil canais que não passam nada que preste na hora que a gente esta vendo. Além de repetirem o mesmo filme o mês inteiro. E não sei por que a gente ainda paga por essas coisas. Porém, às vezes, a gente dá sorte: depois de uma meia-hora zapeando com o controle remoto, até que se acha alguma coisa boa. Nem que seja alguma coisa que a gente já tenha visto há um tempo a trás. Foi o que me aconteceu na semana passada: quando já estava desistindo de procurar algo, ia me render ao show do Roberto Carlos 50 anos, eis que eu achei o Nemo! Estava passando Procurando Nemo no canal da Disney. Um desenho animado que eu já vi umas 3 vezes acabou salvando o meu resto de sábado.
Procurando Nemo é uma das coisas mais fofas que já foram feitas. A historinha, todo mundo já deve conhecer: a aventura de um peixe-palhaço em busca de seu filho perdido (na verdade pescado), Nemo. Adoro desenhos animados! Até choro com alguns. Mas procurar o Nemo é sempre divertido e emocionante! Todos os personagens são especiais: os tubarões vegetarianos, a peixinha esquecida, as tartarugas (meio maconheiras), os peixinhos birutas do aquário. Foram todos muito bem estudados e feitos com perfeição. Além de serem dublados por muita genete bacana e conhecida, mas que a minha ignorância só permitiu reconhecer as vozes do Geoffrey Rush e da Ellen DeGeneres, como Nigel e Dori. Lembro-me bem que, na época em que fez sucesso, foi uma mania mundial. Quer dizer, mundial eu não sei ao certo, mas ao menos em Porto Alegre. Mas se é da Disney, deve ter sido mundial. Muitas criancinhas queriam libertar seus peixinhos de aquário (eu nunca vou ter um aquário!), e não havia quem não soubesse falar baleiês.
E além da história, o que mais me toca é o fato dela se passar no fundo do oceano. Desde criancinha, sempre fui fascinada pela vida marinha! Sempre achei que no mar é onde tem os animais mais estranhos, mais coloridos, mais interessantes de todos. E mesmo sendo só uma animação gráfica de computador, fico toda arrepiada de ver as tartarugas nadando juntas com os filhotes, ou a baleia, aquele monstro enorme, cantando e nadando tão delicadamente. E a arraia sumindo na imensidão azul... Tudo isso pode parecer bobo, mas o que eu sinto em ver a vida acontecendo é indescritível. É um amor sincero pela ordem natural das coisas. Chega a ser terapêutico. Juro que se eu não precisasse comprar comida para continuar vivendo, eu tirava biologia marinha. Quem sabe um dia, quando eu ganhar dinheiro sem fazer nada, eu tenha tenpo para ir ver uma baleia nadando em alto-mar, nadar com golfinhos e tirar fotos dos corais? Até lá, eu vou continuar a nadar.