domingo, 31 de julho de 2011

Mais uma criação saindo do forno!

Demorou, mas saiu! Finalmente ficou pronto o modelo da nova ecobolsa do Chaplin. Toda feita em tecido de algodão e, como sempre, com muita dedicação. Ela é realmente muito grande; é perfeita para as mulheres que, assim, como eu, levam a vida dentro da bolsa. Além de ser linda e cheia de personalidade! E para ter a sua, é só mandar um e-mail para vanesselumiere@gmail.com ou add (o mesmo e-mail) no msn. É possível deixá-la ainda mais com a sua cara, trocando a cor, o tamanho ou mesmo a estampa. Entrega para todo o Brasil.



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sobre liberdade e democracia.

Achei um achado no Youtube. Na verdade, acharam para mim. Meu professor de geografia recomendou esta pequena película. O 11 de setembro chileno. Achei estranho, a princípio: era um 11 de setembro que eu não conhecia; não era o 11 de setembro dos EUA, que todo ano faz aniversário, que os documentários do Globo News, do GNT e do Discovery não nos deixam esquecer. Era um 11 de setembro que a gente estuda uma vez na história e depois esquece. Senti até um pouco de vergonha em pensar que vi (várias vezes, confesso) dois bebês conversando no Youtube, mas este vídeo, nunca. Ainda bem que existem os professores de geografia.
O curta é lindo. Seria ainda mais lindo, se não fosse verdade. Acho que está na hora de parar com essa história toda de "terror" e de perseguição; de mocinho e de vilão: Saddam foi enforcado; Osama executado. E o Pinochet? Morreu de velho...


sexta-feira, 29 de abril de 2011

R-r-ro-oyal M-mo-ovie.

Realmente, me impressiona a quantidade de folhas de jornais e os canais de televisão falando sobre o casamento da família real. O que eu acho? Estou cagando para o assunto. E o que mais me irrita é o fato de eu estar cagando para isso e ainda estar ciente de todos os "acontecimentos" reais, já que praticamente é só o que transmitem na TV e comentam na rua. E parece que o mundo pára, que as notícias não acontecem mais, que não tem mais fome no mundo, que o Egito vive em paz, que os tutsis andam de mãos dadas com os hutus, que a gasolina não vai subir... Eu tento fugir, mas nem no twitter eu tenho paz. E já fizeram um filme com a história do romance (!), e parece que bem meia-boca, pois foi duramente criticado. Bem, como o filme ainda não foi lançado, e, mesmo quando for, eu não irei ver, não terei certeza quanto a qualidade. Mas, considerando a minha má vontade, desta vez concordarei com a crítica sem ver o romance. Então, vamos falar sobre o que já foi lançado e visto: "O Discurso do Rei". Tudo para ser um filme odiável, mas, incrivelmente, não o é. Um dos casos em que o elenco, definitivamente, salva o jogo.
Nunca entendi porque uma família é real e a outra não. Gostaria de ver o DNA de um deles para saber se é azul, ou coisa do tipo. Acho que ter uma família real fazia algum sentido até o séc. XVII, mas hoje, acho que é pensar pequeno, que é insistir em manter vivo algo que poderia estar melhor se estivesse morto (como o programa da Xuxa, sabe?). O Discurso do Rei tenta encobrir um pouco essa realidade e faz com que a gente sinta um pouquinho de solidariedade com o rei. George, pai da atual rainha, era gago. Mas poxa, o cara reinava, não governava e vivia (muito bem) do dinheiro público. Assim, até eu topava ser gaga! Então, vem a história triste: a cada tentativa de discurso, ele se engasgava todo, e sofria chacotas de todos, até do irmão. Uma espécie de royal bullying. O problema é que fora essa pequena rejeição familiar do rei, a história, apesar de verídica, não traz um drama envolvente. Os personagens em si não são muito atraentes, exceto pelo terapeuta, Lionel Logue, que trata de George. Lionel, vivido por Geoffrey Rush, um dos meu atores prediletos, trata George não como um rei, mas como alguém normal, não dizendo que um rei seja anormal. Aliás, ele o chama pelo apelido, Berty, induzindo o público a vê-lo também como um amigo e não como um ser supostamente superior. O método, na época, era pouco convencional, causando uma certa resistência ao paciente. Porém havia sido o único a apresentar resultados, o que transformou Berty e Lionel em amigos de fato. Entre uma sessão e outra, são apresentados, além das técnicas de cura para a gagueira, um pouco dos relatos sobre a vida do rei. Ele sempre teve problemas com o irmão. Desde a infância. Quando ele era apenas um principezinho, a royal nanny, por gostar mais do irmão, deixava Berty sem comida. Quase chorei. Juro. E são pequenos relatos assim que vão nos amolecendo, nos aproximando do rei, que agora já se parece mais conosco.
Contudo, o ponto de destaque do filme é o elenco. Escolhido a dedo! De verdade, de verdadinha, quem tem carisma não é o rei, e sim o Colin Firth, que está impressionante!Nunca duvidei das qualidades do Colin como ator, mas como o rei gago, ele consegue se superar e conquistar a simpatia de todos. Quem está muito bem, também, é a senhora Tim Burton, Helena Bonham Carter, como a rainha, não a Vermelha, mas a Elizabeth. Geoffrey Rush, como já mencionado, está ótimo tanto quanto ator, como personagem. Vale também dar um destaque especial a Timothy Spall, que mesmo aparecendo pouco, rouba as cenas ao representar Winston Churchill, com língua presa e tudo. E, em harmonia com o elenco magistral, a direção e o cenário perfeito em cada detalhe também encantam e complementam o visual.
Agora, uma pequena reflexão fajuta: mesmo, aparentemente, tento tudo, Berty não era completamente feliz e satisfeito; e, mesmo sendo rei, não tinha autoestima. Por isso, para quem perde o tempo, mas não perde os detalhes do royal wedding, saiba que a humanidade toda tem problemas. Se não for dinheiro, vai ser afetivo, se não for afetivo, vai ser outra coisa qualquer. Não adianta ter inveja do anel ou do vestido da noiva real, porque ela deve ser feliz tanto quanto a gente. Ter tudo pode não ser tudo. Pensemos nisso.

domingo, 24 de abril de 2011

Nota de fim de semana em PoA.

Começou ontem o festival CineEsquemaNovo em Porto Alegre. O evento exibe e discute os diferentes e novos conceitos de arte visual brasileira. O festival CEN de 2011 terá mostras na Usina do Gasômetro, Cine Bancários e Santander Cultural. Para quem quer entender e conhecer um pouco mais sobre as produções, uma boa dica é acessar o Blog do CEN. Lá, tem muitos vídeos e entrevistas bacanas sobre quem já pintou ou vai pintar no festival. A programação completa se encontra no site CineEsquemaNovo. Para quem tem as tardes livres, gosta de novidades no cinema alternativo e é curioso, vale a pena dar uma passadinha em alguma das mostras. O máximo que vai acontecer, é a gente sair na metade do filme.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Um dia de Clarisse.

Está aí: preciso parar de me preocupar com o que dizem os outros.
Dia desses vi "NY, Eu Te Amo". Repete o mesmo formato de "Paris, Eu Te Amo", só que em homenagem a cidade de Nova York. O que eu penso de um vale para os dois: alguns curtas muito legais, outros nem tanto e uns bem ruinzinhos mesmo. Tentei selecionar alguns, os que mais gostei, para escrever sobre, mas acabei rasgando o papel (sim, as árvores que me desculpem, mas eu ainda faço o rascunho no papel); comecei a pensar que algum curta de que eu gostei um outro alguém não gostou e vice-versa. E então, não consegui pensar em mais nada...
Há algum tempo atrás, joguei tudo pro alto e decidi que iria ser cineasta. O que eu mais queria era dirigir um filme: colocar as minhas idéias nele, expor a minha visão de mundo. Acabei desistindo da idéia. Não tinha câmera, nem atores, nem produtores, nem dinheiro, nem nada na verdade. Só o que eu tinha era papel e lápis para escrever um roteiro. Sei que só com um papel, lápis e boas idéias se pode ir muito longe e conseguir tudo o que falta para realizar um projeto. E eu sabia como era a história e como eu queria que tudo fosse feito. Poderia ter começado por aí, conversado com mais pessoas até aprender o que eu tinha de fazer, já que eu não sabia, e não sei, nada sobre como fazer filmes. Foi então que comecei a pensar que a minha idéia não era assim tão boa, que era meia-boca e, até, que era uma idéia ruim. E mais ainda, temi, ou pior, tive certeza de que todos achariam que era uma péssima idéia, que eu não tinha vocação para a coisa, e nunca comentei nada com ninguém. Abandonei o navio bem antes de embarcar. Resolvi que essa não era uma carreira sólida e iria trabalhar em outra área. E fui. Até hoje sinto, não sei se arrependimento ou frustração. Mais ainda, me questiono: como eu sabia que não gostariam da minha idéia se ninguém a viu? O que eu tive, na realidade, foi medo de ouvir: enquanto a suposta negação estava só na minha cabeça, eu me conformava; mas ouvir dos outros dói mais, ainda que eu concorde. E no fim, nunca fiquei sabendo se o que eu tive foi falta de talento ou de coragem.
Ao final, o filme em si, NY, Eu Te Amo, me interessava cada menos. Depois de vê-lo, aconteceu uma dessas epifanias de Clarisse tão profunda, que já nem me importava se era um filme bom ou ruim. Acho que a vida da gente é assim mesmo: pequenos episódios, curtas, que algumas pessoas julgaram bons; outras, ruins. E, ainda por cima, me lembrei do Woody Allen; sempre digo que ele não é um gênio. Só que que milhares de pessoas acham que ele é. Ou seja, não importa o quanto eu diga que ele não é um gênio, ele não o deixa de ser. Ao menos não para esses milhares. E é com isso que eu preciso me acostumar. Algumas pessoas gostam de mim, e outras simplesmente não gostam. Alguns vão gostar das minhas idéias, outros acharão que é lixo e algum outro talvez as compre. Muita gente vai de encontro às minhas opiniões, e isso não é motivo para não tê-las. Nem empecilho para não dizê-las. Acho que a gente deve ser que nem ambrosia: alguns amam, outros odeiam, mas ela está sempre lá, presente na sobremesa de todos os buffets.
Quem sabe ainda não dá tempo de fazer um filme? O meu. Acho que vou parar de me preocupar tanto com o que os outros pensam. Da próxima vez que tiver uma idéia, vou mostrá-la para o maior número de pessoas que conseguir. Se dez não gostarem, vou continuar tentando até achar cem que gostem. E se cem não gostarem...daí eu troco de idéia.