domingo, 21 de fevereiro de 2010

Um domingo desses qualquer eu volto.

Domingo, dia 31 de janeiro de 2010.
Recapitulando o dia anterior: eu me levantei às 4h da madrugada, fui para o aeoporto ainda de noite, passei o dia andando de metrô e passeando pelo centro de São Paulo com uma mala rosa de 4k e fui para São Bernardo à tardinha de ônibus. Estava um bocado exausta... Mas sempre com um sorriso no rosto. Ah, e naquele sábado, não choveu em Sampa! Ao menos não onde eu andei. Fiquei feliz em "trazer" às pessoas um sorriso de alívio depois de tantos dias chuvosos. Acho que eu dou sorte.
Bem, depois de uma boa noite de sono, fomos no meio da manhã para SP. Fomos de metrô até a Paulista e descemos a Brigadeiro para ir ao nosso primeiro destino do dia: o Ibirapuera. Logo na entrada do parque está o Monumento às Bandeiras, uma escultura gigante, planejada pelo Victor Brecheret, representando os bandeirantes. O Victor esculpiu uma galera puxando um barco. Ou fingindo que está puxando, sei lá. Mas é uma obra bem bonita, realmente. Só não tirei nenhuma foto porque ela estava coberta de gente. Sim, isso mesmo...as pessoas gostam de "trepar" o monumento. A maioria delas nem deve saber direito de quem é a obra, nem o que ela quer dizer, mas poxa, é tão divertido subir em cima dela! Então, pensei que fosse ficar uma coisa meio bagaceira e não tirei foto. Ai, ai...pessoas. O que fazer com elas? Mesmo assim, o lugar é lindo! É no Ibirapura também que fica o planetário, o museu de arte moderna, vários pavilhões, um auditório, o Obelisco de SP, lagos...ou seja, o negócio é imenso. E como eu tinha pouco tempo, todos os meus passeios eram relâmpagos. Não deu para ver tudo. Até porque, devido as chuvas, o chão estava um lamaçal, quase um mangue. Não tinha como caminhar confortavelmente. Mas deu tempo de ir visitar a exposição de cultura afro. Muito tri! O museu trazia de tudo um pouco: desde máscaras de antigas tribos africanas, passando por roupas de candomblé até camisetas e bonequinhos do Obama. Mas muito tri mesmo! E o lago (um dos)? Muito lindo! (dispensa dizer que o lago é grande...) Com cisnes! Quer dizer, eu acho que são cisnes; não entendo de aves, porém como achei aquelas bem parecidas com os pedalinhos que temos aqui na Redenção, supus que eram cisnes. Além das aves, o lago também contém peixes. Muuuitos peixes! E eles são tri malandros: ficam todos agrupados embaixo da ponte esperando as migalhas que as pessoas jogam. Senti um pingo no meu nariz, e quando olhamos para cima, vimos formar algumas nuvens bem pretas no céu. Como estávamos no meio barro, decidimos voltar para a Paulista antes que viesse uma chuva forte. Mas qualquer findi desses eu vou lá estender uma canga e tomar um chimarrão.
A Paulista é uma avenida não muito longa, porém bem larga. Formada somente por prédio altos, muito altos e altíssimos. Aqui em Porto também existem prédios altos assim, mas não um do ladinho do outro. Dica: se você sofre de vertigem, não ande pela Paulista. Sem falar nas dezenas de antenas, carinhosamente apelidadas de torres eiffel. Fiquei muito impressionada com a Paulista. E muito encantada também! Achei-a curiosamente bonita! Ah, vocês sabiam que existem prédios residenciais na Paulista? Que sonho morar lá, né? Um sonho bem caro, imagino...
Fui conhecer o SESC da Paulista. Achei bem legal, super colorido e tudo o mais. Dei uma olhada numa exposição bem bacana (e de grátis) sobre viagens, ou melhor, velhinhos viajantes. Adorei o projeto e até me emocionei um pouco. Mais ainda depois que vi umas fotos de uns gaúchos tomando chimarrão em Gramado! Mas o melhor do SESC naquele momento foi a lanchonete que fica no terraço. O lugar é muito aconchegante, a vista é maravilhosa e o sorvete de iogurte com calda de frutas vermelhas por apenas R$2,50 é divino! Mal posso esperar para tomar outro qualquer dia desses. Quando saímos de lá, já estava chuviscando. Nada assustador.
Ainda passeando pela Paulista, me pecho com uma vaca amarela! Sim! Uma vaca! E amarela ainda por cima! Também tinha uma de tênis e uma outra verde tomando um Ades. Não, não fumei nada. É que estava (esta, eu acho) ocorrendo a Cow Parade, que nada mais é do que vaquinhas customizadas por artistas plásticos espalhadas pelas ruas. Vaquinhas, sim! Mas com muito estilo! Elas transmitem, de fato, uma símpatia muito singular. Não há como descrever. Tem que olhar para a cara delas para sentir. Amava aquela avenida cada vez mais.
Fomos também numa feira que ocorre todos os domingos com quadros, coisas de cinema, bijus, fuxicos, camisetas de fundo de quintal. Até um casal tomando chimarrão tinha. Eu fiquei louca! Queria comprar tudo! Mas qualquer dia desses eu vou lá e encho uma mala de excentricidades legais.
E se você quer descansar um pouco da agitação e da fumaça, é só ir no Parque do Trianon: um recanto na Paulista, ainda com árvores da mata atlântica provavelmente. Uma pena que estava nublado. Mas vou lá qualquer dia bonito desses admirar os raios de sol entre os eucalíptos.
E como não podia faltar, fui no shopping tomar um café no Starbucks, que só existe em SP, apesar de ter sido "inventado" por uma carioca, que segundo a história trágica que a Jenny me contou até já morreu. Pedi um frapuccino (isso?) gelado. Bem bom! Um dia desses, peço um café com um muffin gigante. Já à tardinha, fomos na Augusta comer um pedaço de pizza. A Jenny aproveitou para comprar um dvd pirata de um documentário que ela procurava. Vocês precisam ver o que é a arte do dvd pirata deles. Eles mesmos gravam em casa, vem com capinha de plástico, impressão no dvd e o escambau a quatro. Custa R$10,00 e tem títulos de filmes super cults e que nem eu ouvi falar. Por aqui, eu só acho aqueles que vem num saquinho, 5 por R$10,00, um xerox da capa e títulos super interessantes como Crepúsculo, Piratas do Caribe, Austrália. Quero trazer essa tecnologia para Porto Alegre também!
Finalmente, fomos para casa. Na estação do metrô tinha uma vaquinha em forma de joaninha. Cara, não sei o que há com essas vacas. É incrível como, só de olhar para elas, a gente se sente um ser humano mais feliz! E pensar que tem gente que come elas...
Lembra do chuvisco que pegamos em Sampa? Pois é...em SBC, caiu um toró. Mais um indício de que onde eu estou, não chove, rá! Antes de dormir, vimos o filme pirata: Nós que aqui estamos por vós esperamos, um documentário brasileiro feito em casa. Muito bom! Merece até um texto a parte. E enfim, fomos dormir.


Os peixinhos malandros do Ibira. Gente, será que aquele peixe preto ali é normal?


Amei essa foto! A Paulista vista do SESC com uma moldura de plantinhas acidentalmente criada pela fotógrafa aqui.


Duas pessoas que não conseguem tirar um bom autorretrato =P


Eu e a vaquinha Sampa Sem Parar, do artista Morandini. Quero fazer a campanha "vamos trazer a Cow Parade para PoA!"
Essas sapatilhas vermelhas já viram cada coisa na vidinha ordinária delas...

Um comentário:

Jenny Souza disse...

Nossa, estou tao feliz que finalmente consegui vir aqui ler seus textos !

E como eles me fizeram bem, recapitular todos esses dias, que especial, eu me tornei um ser humano mais feliz ao lembrar desses dias.

obrigada, vou ler o proximo !!

ps.: o starbucks é uma marca americana mas foi trazido pro Brasil pela carioca, que ja morreu em um acidente de carro. :/